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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os Eskimós reencontraram-se em Valhelhas

Com as condições climatéricas adversas, devido à muita neve que cobriu por estes dias a Serra da Estrela, a edição deste ano dos Eskimós voltou a Valhelhas, para mais um excelente convívio.


Os Eskimós abriram o Calendário do Mototurismo Nacional, levando à Serra da Estrela cerca de três centenas de motociclistas, num fim-de-semana bem preenchido, onde reinou  o convívio à volta das fogueiras, petiscos, com muita confraternização e amizade.

Participar nesta concentração é como tentar explicar o que é andar de moto, para quem entende é fácil, para os outros, não vale a pena explicar. Na década de 80 as concentrações eram organizadas nestes moldes, sem espectáculos, tudo muito simples, onde sobretudo reinava a amizade, o que nos fazia palmilhar muitos quilómetros para estar com os amigos, éramos praticamente uma família. Daí que para mim é importante de alguma forma reviver esses tempos, o que se consegue participando nos Eskimós, sem desprimor para todas as outras concentrações que também têm os seus atractivos e as suas mais-valias. São de um modo geral bem organizadas e todos nos devemos orgulhar por isso. Apenas esta tem uma forma diferente de ser organizada e que agrada a quem naturalmente gosta de participar nela.

Desta vez, por motivos de força maior, a pendura não me pôde acompanhar. Bem falta fez, quer pela sua imprescindível companhia, como a fazer uns "bonecos" lá atrás. A PAN não está habituada a levar só um elemento e eu também já não estava habituado a andar sozinho, até nisso foi um regresso ao passado.

Devido ao entusiasmo que é para mim a ida a este convívio e depois de tantos anos a viajar de moto, é curioso o facto de ainda hoje sentir que as horas nunca mais passam para me fazer à estrada.

A viagem sobretudo de ida deve ser feita com calma, apreciar o que vamos vendo e sentindo.
Mal o relógio deu as 7h30 já estava a pé para uma hora depois deixar Águeda, atravessando o rio que engrossava com a muita chuva dos últimos dias. A meteorologia previa chuva moderada e vento muito forte, pelo que uma voltinha à volta da Serra da Estrela estava no horizonte, senão pudesse passar lá bem pelo alto, a caminho de Manteigas.
Depois de passar o Caramulo com algum nevoeiro e nada de chuva, foi um regalo ver que afinal as previsões estavam erradas. O Sabugueiro era o primeiro destino para comprar a "bucha" para depois partilhar com a malta. Afinal o tempo estava bom até para os ciclistas.


Depois já a caminho das Penhas Douradas, fui apreciando as belas paisagens que a neve proporcionava, até que paro à entrada da estrada que nos levaria até ao local onde estava prevista a concentração, como no ano passado mas o caminho estava intransitável para as motos. Ainda tentei levar uma amostra de neve mas só lá chegou a baixo um pequeno pedaço mais resistente. Por sinal a única chuva que apanhei foi os salpicos da neve a derreter.







Chegado ao local da concentração, no Parque de Campismo de Valhelhas, foi tempo de fazer a inscrição, montar a "barraca", junto da malta do Mototurismo do Centro e aconchegar a barriguinha com um rancho à maneira muito bem confeccionado pelas senhoras do Moto Clube de Vila do Conde, responsável por mais uma edição dos Eskimós. 







O recinto estava cada vez mais composto, com muita gente a chegar logo na sexta-feira, acompanhados de muita chuva pelo caminho. Gente que veio um pouco de todo o país.




Após o almoço, juntamente com alguns elementos do MTC, fomos até ao Covão d'Ametade, local por eleição para um convívio de motos mas actualmente já não são autorizadas a entrar, não sendo assim possível voltar a organizar-se lá a concentração. Ficam as boas memórias dos Lobos da Neve em 89 e dos Eskimós em 2008. O Covão estava coberto de neve. Graúdos e miúdos aproveitaram esta dádiva da natureza e lá foram fazendo "sku" mais ou menos forçados.








De volta à concentração, já alguns convivas estavam de volta dos petiscos a que nos juntámos, com muita cavaqueira e boa disposição à mistura. As fogueiras cada vez mais imponentes, aquecia-nos o corpo e a alma de viajantes.




Um grupo de música tradicional, os Sarrabecos, percorreram o recinto criando um ambiente único, muito agradável.




Após o jantar, veio a noite que começou com uma voltinha pelas "capelinhas" da aldeia, com a malta do Entroncamento.




A noite repartiu-se entre os que decidiram ir até à tenda onde decorria a animação à base de música do tipo "gira-discos" e das fogueiras onde reinavam as tertúlias, acompanhadas de bons petiscos e dumas bebidas "quentinhas", durante as quais se vivem os melhores momentos deste convívio e que perpetuam as amizades. Por fim o cansaço toma conta dos "ossos" e não há outro remédio senão espantar o sono.








Já ia a caminho das 5h00 da matina quando fui enganar o sono até por volta das 8h30. Dormir é mesmo em casa e toca a levantar que o dia estava a começar solarengo a puxar a uma voltinha a pé.





Pequeno-almoço tomado e lá desafiei uns companheiros para a dita voltinha a pé pela aldeia.



Valhelhas é uma aldeia muito simpática que merece uma visita e foi o que fizemos, percorremos algumas ruas, onde encontrámos vários motivos de interesse arquitectónico, para além da beleza paisagística envolvente.







O nosso "tour" continuou de volta à concentração, bem junto ao Zêzere, de onde se tem também uma perspectiva mais abrangente sobre o local onde decorre o convívio.




Contornámos o parque e lá tivemos de ir "através das couves" para conseguir chegar à entrada, algo que não estava previsto mas não houve outro remédio. Pelo caminho ainda vimos um companheiro que é prevenido.




Antes do almoço foram entregues as lembranças de presença aos moto clubes que participaram nesta edição dos Eskimós. O Sérgio do Moto Clube de Vila do Conde responsável por este encontro, agradeceu a presença de todos e do apoio dos clubes e entidades que se disponibilizaram a ajudar o clube, que tem a tarefa acrescida de vir de tão longe montar o "circo".





Estava a chegar ao fim este excelente convívio de três dias bem passados entre amigos e gente que comunga do mesmo prazer e estado de espírito. Para o ano há mais, provavelmente no mesmo local, pois os riscos em termos de segurança no caso das condições climatéricas se agravarem durante a concentração lá mais em cima, podem criar situações que ninguém com certeza deseja.

A minha opinião sempre foi de ser feita ou no Covão d'Ametade, o que agora já não é possível ou no Vale do Rossim, bem no meio da natureza, no entanto tenho de reconhecer que em caso de emergência as coisas podem não correr pelo melhor, pelo que se este local passar a ser efectivamente o local permanente, tal me parece sensato e depois a Serra da Estrela está logo ali, para umas visitas com muita neve como se quer.

O Parque de Campismo do Rossio em Valhelhas tem boas condições para proporcionar futuramente excelentes recepções a todos os eskimós que queiram aparecer.
Pela minha parte endereço ao Moto Clube de Vila do Conde o meu reconhecimento e agradecimento por mais esta edição dos Eskimós.

Após o almoço segui para Águeda, junto com a malta do MTC de volta à neve, pelas Penhas Douradas. Desta vez já não com os 10 graus que me acompanharam desde casa mas uns simpáticos 0 graus e um último olhar ao acesso ao Vale do Rossim, antes da última paragem para quem quis levar um queijito lá para casa ou tomar uma bebida quente.


A concentração acaba quando chegamos a casa. Eu e a malta com quem fiz o regresso chegaram todos bem, espero que o mesmo tenha acontecido aos restantes companheiros.

Pró ano lá estaremos.

O M.C. do Montijo, G.M. da Vidigueira e o M.C. do Porto apoiaram a concentração, assim como a J.F.de Valhelhas e os B.V. de Gouveia.

Mais fotos...


Actualizado em 04/03/2011

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