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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Apresentação oficial desvendou partida da terra de Magalhães

Sabrosa em arranque histórico


Palco histórico vai acolher a partida do 17.º Portugal de Lés-a-Lés, com saída da grande caravana desde Sabrosa.


Da terra que foi berço de Fernão de Magalhães arrancam os aventureiros rumo a Castelo Branco e, daí, até Albufeira, bem no centro da costa algarvia. Novidades desvendadas pela Federação de Motociclismo de Portugal na apresentação durante o 2.º Salão dos Campeões, na Exposalão, Batalha. Onde a Comissão de Mototurismo deu ainda a conhecer a 1.ª edição do Portugal de Lés-a-Lés Off-Road.


Duas aventuras de perfil bem diverso mas imbuídas do mesmíssimo espírito! Por estradas asfaltadas ou por caminhos de terra batida, o Portugal de Lés-a-Lés é, sem sombra de dúvida, a melhor forma de descobrir muitos segredos do nosso País em travessia feita à moda antiga, sem nunca tocar em autoestradas, Itinerários Principais ou Secundários, ex-SCUT’s ou outros sinais de uma nem sempre coerente modernidade rodoviária. Aventura com grandes tradições em Portugal e cada vez aliciante para número crescente de espanhóis, que justificou plenamente a enorme adesão vivida nesta apresentação. O auditório da Exposalão, na Batalha, esteve completamente lotado para descobrir mais pormenores, com algumas centenas de motociclistas a aproveitar para concretizar de imediato a inscrição nos eventos, com direito a brinde surpresa de uma t-shirt do Lés-a-Lés.


No ponto alto nesta apresentação, o desvendar do lugar de partida do 17.º Portugal de Lés-a-Lés, segredo bem guardado até ao último momento, coube ao presidente da Câmara Municipal de Sabrosa apresentar o seu concelho como ponto de arranque da maior maratona mototurística da Europa. José Marques, motociclista entusiasta e já participante no Lés-a-Lés, anunciou que as Verificações Técnicas e Documentais, a 7 de junho, acontecerão no Parque B.B. King, local com condições de excelência para acolher os 1000 participantes que, depois, cumprirão prólogo pelas quintas produtoras de Vinho do Porto, em partida onde vai imperar a boa gastronomia.


Momento de destaque no evento que contou com a presença dos principais patrocinadores, da BMW, representada por Carlos Martins, à BP por Alberto Fernandes, passando pela Michelin, representada pelo espanhol Alejandro Laborde ou a Lusitânia Seguros, através Rosa Andersen, e que foi antecedido pela descrição, com bom pormenor, do trajeto até ao Algarve. Percurso dado a conhecer pelo seu principal responsável, Ernesto Brochado, com primeira etapa de 350 quilómetros de extensão, no dia 8 de junho, domingo, de cariz marcadamente mototurístico e grande monumentalidade, atravessando a Beira Alta, com paragem em Belmonte e outros centros históricos, incluindo curiosa incursão em Espanha para dar a conhecer algumas aldeias da Serra da Gata. Outra das novidades prende-se com a alteração do figurino das refeições, sendo o tradicional almoço de cada dia substituído por vários Oásis ao longo da cada etapa, mas informais e que permitem manter um ritmo mais de acordo com a filosofia do Lés-a-Lés. Mais refeições aligeiradas ao longo do itinerário que, além de evitar a quebra de ritmo após o almoço, garante acréscimo de boa disposição ao longo das várias paragens.


O mesmo figurino será visível na 2.ª etapa, no dia 9 de junho, mais comprida com cerca de 500 km de extensão, com estradas bastante rolantes e onde aparecerão os únicos pequenos troços de terra batida, no Baixo Alentejo e na serra algarvia. Recurso mais reduzido a caminhos de terra, tentando contrariar espírito que vinha crescendo nos últimos anos, com condução demasiado rápida nestes troços, levantando muito pó e prejudicando o espírito verdadeiramente turístico. Tanto mais que, para os adeptos da condução em pisos de terra, a Federação de Motociclismo de Portugal propõe o 1.º Lés-a-Lés Off-Road. Mas a esse já lá vamos...

Muito raiana e com um intimismo que fará recordar momentos das primeiras edições do Lés-a-Lés, a 2.ª etapa passará a locais deliciosos como Serpa e Mértola, aventurando-se no regresso às Minas de S. Domingos ou na passagem da Ribeira do Vascão, sem esquecer a nobreza de cidades alentejanas como Estremoz ou Moura. Pelo meio, os Oásis voltarão a ser locais marcantes da grande maratona, permitindo, graças a patrocinadores e autarquias, momentos de descanso e apoio aos motociclistas e respetivas máquinas, num evento que assenta grande parte do sucesso no insubstituível trabalho dos motoclubes e muitos voluntários.

Os mesmos que serão de importância extrema no 1.º Portugal de Lés-a-Lés Off-Road, apresentado na Batalha por João Pós de Mina, discriminando quilometragens e locais de passagem das três etapas em fora de estrada, de 23 a 26 de setembro, por caminhos de nível de dificuldade baixo e médio. Evento aberto a todo o tipo de motos off-road, das pequenas e leves enduristas às maiores das maxi-trail, passando pelas trail ou até máquinas de rali-raid, e que sairá de Bragança rumo a Lagos, ao longo de três etapas que terão paragem em Idanha-a-Nova e Moura. E que, tal como o Lés-a-Lés por estradas asfaltadas, terá o processo de inscrição realizado através do site da Federação de Motociclismo de Portugal (www.fmotoportugal.pt).


Apresentações cujo entusiasmo e profissionalismo foi salientado pelo presidente da Direção da Federação de Motociclismo de Portugal, Manuel Marinheiro, que, no discurso final, elogiou «o momento de particular dinamismo e animação que vive o motociclismo em Portugal», isto depois de na véspera ter tido lugar a Gala dos Campeões que homenageou os pilotos que mais se destacaram nas diversas modalidades em 2014.




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