Este ano fomos para fora cá dentro, apreciar Sintra, Património da Humanidade e a cosmopolita cidade de Lisboa. Uma semana intensa mas muito bem passada, numa das regiões mais bonitas do nosso cantinho luso.
A vila histórica de Sintra, o Parque Natural Sintra-Cascais e Lisboa, têm tanto para oferecer que não é seguramente numa semana que se pode desfrutar de tudo, nem foi esse o nosso objectivo. Apenas ir visitando, apreciando e vivendo os bons momentos porque passámos ao longo destes vários dias, por locais previamente idealizados e outros que nos foram surgindo como opção, para além de algumas boas surpresas também, a pé ou naturalmente de moto.
Já por diversas vezes estivemos nesta região, por variadas razões também mas ainda não tínhamos aprofundado os nossos conhecimentos sobre ela. Ficámos ainda mais deslumbrados com a diversidade de opções, para se passar umas boas férias. Recomendamos.
Iniciámos esta nossa pequena viagem de moto, no passado dia 16 de Agosto. Saímos de Águeda por volta das 09h00, em direcção à orla marítima. Passámos pela base aérea nº 5 de Monte Real.
O almoço foi no Sítio da Nazaré, no "Sitiado", com os seus bons petiscos. Passagem pelo Forte, recordando o controle que fizemos à longa caravana do Portugal de Lés-a-Lés em Junho passado. Ainda não foi desta que vimos o famoso "canhão da Nazaré"!!. Saborosa petiscada, foi naturalmente a ementa.
Passagem por Peniche e estávamos na zona Oeste. Ericeira, capital do surf em festa e chegávamos ao destino, à Quinta de São Francisco, em Ribeira de Sintra.
Uma agradável surpresa que tornou ainda mais admirável, a nossa estadia por terras de Sintra.
Somos entusiastas do pedestrianismo e já trazíamos escolhidos previamente o PR2 - Pena que nos levaria pelos monumentos e o PR5 - Quintas. Infelizmente já não se encontram com todos os sinais o que se tornou difícil por vezes encontrar o caminho e no segundo percurso acabámos mesmo por não dar com o trilho. Numa altura em que cada vez mais as pessoas procuram esta forma saudável de conhecer melhor o nosso país, seria bom que quem tutela esta actividade ou o turismo de Sintra, promovesse a boa conservação destes percursos, até por questões de segurança.
Começámos por degustar as saborosas Queijadas de Sintra, numa verdejante e fresca esplanada, bem perto do centro.
Começámos no centro da vila, conforme a indicação do percurso, pelas pitorescas ruas, embrenhando-nos na floresta. Ao longo do trajecto, entre a vegetação, tem-se vistas fantásticas sobre Sintra e a região.
Foi pena não ser possível visitar, algumas das várias quintas, por onde passámos.
A falta de sinais para continuar o percurso a dada altura, levou-nos a ter de voltar pela movimentada estrada de Sintra a Colares.
Repouso ainda num bonito espaço de lazer, com a passagem do simpático, velhinho e turístico eléctrico.
Seguimos a bonita e verdejante estrada que liga Sintra ao Litoral, passando pela bem conhecida praia do Guincho, para o café matinal.
A passagem por Cascais é soberba.
Este simpático restaurante típico, fica numa das encantadoras ruas do Bairro Alto. Pertence ao amigo Mario Louro, do GAPE-Grupo de Amigos Pan-European que nos recebeu de braços abertos.
Para motociclistas tem uma ementa mais económica. Escolhemos os saborosos e bem conhecidos bitoques, à boa maneira lisboeta, acompanhados com uma valente sangria. Atrevo-me a dizer que no Porto são as francesinhas mas em Lisboa são os bitoques. Feitos com aquele molho especial, é algo que vale bem a pena degustar. Estavam uma delícia.
Despertou logo a atenção, o curioso veículo turístico que tanto anda em terra como na água.
Até lá as escadinhas e as vistas sobre a cidade, compensam a subida a pé. São também um bom treino físico.
Já não sabíamos muito bem como lá chegar mas a Mila sentenciou: "A moto está ali". Não é que tinha acertado, logo a cima de uma das típicas escadarias. Assim acertasse no Euromilhões, eheheh
Chegam a ser duas filas, para a compra desta iguaria, tão característica da cidade de Lisboa.
O dia seguinte foi mesmo a passear a pé a partir do ponto mais ocidental da Europa, o Cabo da Roca. Ponto de encontro aos Domingos dos motociclistas da região de Lisboa.
O percurso com cerca de 10 quilómetros, levou-nos por trilhos agrícolas/vinhateiros, passando pela espectacular praia da Adraga até Almoçageme.
Depois de um dia a "esticar as pernas", voltámos à estrada e a Lisboa, para o segundo dia programado de visita.
Começámos pela visita às instalações da FMP-Federação de Motociclismo de Portugal, instituição que representamos, com muito gosto.
Excelente recepção, como sempre, por parte dos elementos presentes: Armando Marques, João Oliveira e Susana, a anfitriã que simpaticamente nos levou a conhecer "os cantos à casa".
A federação conta agora com instalações mais amplas e funcionais, num dos simpáticos pátios que caracterizam a cidade de Lisboa. Quem não se lembra do filme "O Pátio das Cantigas".
A conversa estava óptima mas era tempo de continuar.
Fomos até Belém, começando com o almoço numa zona que foi requalificada, com vista para os bonitos jardins desta zona nobre da cidade de Lisboa, admirando as bonitas fachadas das antigas casas.
Escolhemos e bem o restaurante "Rota do Infante".
Aproveitámos para visitar o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, passando pelos Jardins da Praça do Império. Dois monumentos de extrema beleza arquitectónica que guardam grandes capítulos da nossa história.
Admirámos o majestoso Independence of the Seas que se fazia ao mar.
Ainda tentámos visitar o monumento aos Descobrimentos mas teve mesmo de ficar para a próxima.
Após excelente fim de tarde a observar o por-do-sol, fomos até às Festas do Mar em Cascais.
Jantámos numa das tasquinhas improvisadas e assistimos ao concerto do Miguel Ângelo que festeja 30 anos de carreira. Contou com a presença de diversos cantores bem conhecidos, com quem interpretou grandes temas que toda a gente conhece.
O regresso pela costa, revelou-se um fantástico passeio nocturno.
O dia seguinte começou pela visita ao Palácio de Monserrate com o seu fabuloso Parque, novamente em Sintra. Sendo uma das mais belas criações paisagísticas do Romantismo, é um espaço que merece uma visita atenta, por entre ruínas, recantos, lagos e cascatas, apreciando a notável colecção botânica que esta propriedade de 33 hectares alberga.
Após o pic-nic, fomos até à vila, com voltinha pela serra. Pelo caminho apreciámos o Palácio de Seteais.
Uma das visitas obrigatórias é à antiga fábrica das saborosas queijadas de Sintra, a Piriquita. Os travesseiros são também uma delícia.
O último dia antes do regresso, foi um passeio pela bonita região saloia, procurando caminhos por nós menos conhecidos. Sobressai naturalmente a grande actividade agrícola e vinhateira, a par das fantásticas paisagens que se podem desfrutar.
Como não abundam parques de merendas, improvisámos no largo duma igreja, o nosso pic-nic, com interessante vista sobre a origem do bom néctar da região.
Fomos tomar café a Meca e depois rumámos à serra de Montejunto, bem conhecida pela meteorologia, por onde vale a pena apreciar a calma e as fantásticas vistas sobre a região.
A caminho da costa, visitámos um espaço dedicado aos emblemáticos moinhos de vento, em Moita dos Ferreiros.
Várias foram as interessantes praias que fomos visitando, como Porto das Barcas, Santa Cruz, São Julião ou Azenhas do Mar.
Em jeito de despedida destes excelentes dias bem passados por Sintra, terras do Oeste e Lisboa, fomos jantar ao restaurante "Vasco da Gama", na praia das Maças, acompanhado de um sunset à maneira.
Era tempo de regressar. Paragem breve em frente ao frondoso Convento de Mafra, terra de motociclistas que por estes dias vão organizar o seu convívio anual de motos.
No próximo ano iremos até ao Passo dello Stelvio. Uma viagem especial, para comemorar momentos especiais.
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