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sábado, 27 de outubro de 2012

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-3

Esta terceira parte da nossa viagem pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés, levou-nos pelos montados do Alto Alentejo e os pinheirais da Beira Baixa até à Covilhã, por entre mil e uma curvas.


Um trajecto mais longo e rolador, num total de pouco mais de três centenas de quilómetros, por Estremoz, Ponte de Sôr, Mação e Proença-a-Nova. Um bonito e sinuoso percurso, sobretudo depois da travessia do Tejo, durante o qual fomos apreciando a alteração da paisagem. Da planície para a montanha, dos tons amarelados para o muito verde dos pinhais a perder de vista.


Despedi-mo-nos de Reguengos de Monsaraz a caminho de Estremoz. Continuámos a apreciar as aldeias e planícies alentejanas, as longas rectas, as vinhas, os azinhais, os grandes espaços, com excelente temperatura para se viajar de moto.





Passámos por Caridade, Falcoeiras, observámos a albufeira da Vigia, passámos ainda por Redondo, antes da soberba chegada  a Estremoz, por onde o Lés-a-Lés já passou algumas vezes. A interessante passagem pela Serra de Ossa, despertou-nos a atenção para duas realidades paisagísticas bem diferentes. A subida da serra entre um frondoso montado natural e a descaracterizada descida no meio de eucaliptos, coisas da nossa terra.

Estremoz tem na extracção de mármore, uma das actividades principais, a par da agricultura e pecuária. O templo de Diana tem mármore de Estremoz e diz a lenda que o milagre das rosas da apaziguadora Rainha Santa Isabel, não se deu por cá mas em Sabugal.



Ruas antigas e típicas, brancas e estreitas, com uma arquitectura bem característica e preservada, marcaram esta passagem sempre espectacular por Estremoz.






Aproveitámos para a cafezada matinal e apreciar o bonito centro da cidade, o rossio, o quartel, num momento de puro relax antes de seguirmos na direcção do Cano e da Casa Branca.




Já em plena N245, passámos ao lado da Casa Branca depois de ir pelo Cano, na direcção de Avis, terra do Encontro Anual de Viajantes de moto, por estrada calma, entre pomares, olivais e montados.

Observámos ainda a bonita capela do Senhor das Almas, antes da chegada a Ponte de Sôr.






Depois da breve passagem por Ponte de Sôr estávamos prestes a deixar o Alentejo  atravessando pela barragem de Belver sobre o rio Tejo. Foi a primeira vez para o Lés-a-Lés e para nós também.

Esta construção data de 1952, a partir da qual também se pode observar o castelo de Belver.



Entrámos no concelho de Mação, Capital do Presunto. Não fomos ao lanche de presunto que bem soube aquando do Lés-a-Lés mas sim ao almoço no "Mansinho".

A magnífica entrada pela Travessa da Fonte Limpa, levou-nos por alguns quelhos e ruas típicas, até ao centro de Mação em frente à Câmara Municipal.






Depois do almoço tipo "volante", de modo a pouparmos tempo, seguimos por estradas sinuosas, com bom piso e boas curvas e muito pinhal. Bonitas paisagens, aldeias típicas de xisto, praias fluviais e muito mais, acompanharam-nos ao longo deste interessante e espectacular percurso.

Aldeias como Amêndoa, Cardigos, Janeiro de Cima e de Baixo, passando por Proença-a-Nova e tantas outras localidades que fomos atravessando e observando, a par da paisagem serrana, entre eólicas e longos panoramas, pela Serra de Alvelos até ao Zêzere, fizeram deste trajecto um dos melhores que já percorremos.







Sempre em bom ritmo e a desfrutar das muitas e boas curvas, aproximava-mo-nos da Covilhã por Silvares, Barco e Dominguizo.

Uma curiosidade na entrada da Covilhã, é a Ponte Pedonal com os seus 52 metros de altitude e 220 de comprimento. Obra que já foi distinguida a nível internacional.


Aproximava-se o final desta nossa terceira etapa e primeira do Lés-a-Lés, não sem antes percorrer o centro da Covilhã, por entre ruas e vielas bem características desta cidade, no sopé da Serra da Estrela.

O trajecto levou-nos pela Câmara Municipal, Universidade da Beira Interior, espectacular Caminho do Biribau até ao Parque da Degoldra, onde foi o apoteótico terminus aquando do Lés-a-Lés.









Eram horas de procurar o nosso espaço de descanso, a residencial Panorama, no centro histórico da Covilhã.

Uma casa acolhedora, com um castiço maitre d'hôtel, onde fomos bem acolhidos, depois de mais um intenso dia a viajar de moto por este nosso belo país. Aproveitámos para ver as vistas sobre o típico casario.



Depois de bem instalados fomos à procura do restaurante indicado pelo maitre, pois o previamente escolhido estava fechado. O escolha foi para o Montiel ali bem próximo. Um "Bacalhau à casa" e umas "Febrinhas em Vinhos d'Alhos", compuseram a ementa.

De regresso à residencial fomos apreciando as ruas graníticas, o interessante centro histórico e o local de onde partiu o Lés-a-Lés para a 2ª etapa, a Câmara Municipal e de onde nós no dia seguinte também iríiamos dar início a mais uma etapa a caminho de Boticas.





Estava assim terminada mais uma etapa desta fantástica viajem pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés.

A próxima que em breve iremos trazer "à antena", foi até Sabrosa. Como no Lés-a-Lés, também teve a benção de São Pedro.

Álbum de fotos

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-1

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-2

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-4

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-5

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