Foi um fim-de-semana muito bem passado nesta simpática aldeia da Serra da Estrela, em óptima companhia e onde fomos muito bem recebidos.
Sempre apreciámos as coisas simples da vida, vividas também da forma mais simples. Foi essa a expectativa para estes dois dias, plenamente preenchidos com essa maneira de estar dos companheiros com quem convivemos e naturalmente das gentes da simpática aldeia Lapa dos Dinheiros.
Depois de uma noite bem passada de sexta-feira na Festa de Verão do MTC, onde estiveram alguns dos amigos com quem passámos este fds, cedo nos fizemos à estrada na companhia da Susie, que se estreava em viagens de moto mais alongadas e do amigo Silva, tendo sido a primeira paragem em Góis, Capital Natural do Mototurismo.
Fomos encontrando bonitos locais, paisagens e aldeias ao longo deste passeio a caminho do encontro, que acabou por ser mais longo, devido à escolha de uma estrada que não era a que indicava o GPS. Com este pequeno engano acabámos por passar onde queríamos mas no sentido contrário. Ficou para contar mais tarde. Ficaram na memória as aldeias típicas de Cabeça, Casal do Rei e Muro, na encosta sul da Serra da Estrela.
A malta já nos aguardava para um excelente almoço no Espaço Ego no centro de Seia (N 40º 25' 14.81" W 7º 42' 18.00"). Um espaço muito agradável, para todo o tipo de idades.
Após o almoço era tempo de nos prepararmos para irmos a banhos, não sem antes fazer o “chech-in” na casa da dona Ermezilda, que gentilmente nos recebeu. Os restantes elementos deste grupo também ficaram alojados em diversas casas que abrem as portas para receber de braços abertos quem os visita, sobretudo quando à festa na terra, como foi o caso.
O forte calor que se fazia sentir era um convite para degustar a fresca e límpida água da Praia Fluvial mesmo ali ao lado e lá fomos nós. Antes ainda tempo para conhecer um pouco do que a natureza nos oferece, o Buraco da Moura, de onde jorra uma brisa de ar fresco e a bela cascata Quedas da Caniça.
Depois de uma boa banhoca nada melhor do que um bom convívio e de volta de umas fresquinhas, depois de ouvir o Fernando a contar umas hilariantes anedotas, que puseram a plateia a arreganhar a taxa.
O tempo passa depressa e a dona Ermezilda e os seus ajudantes iam preparando a janta, enquanto a malta ia chegando e contando muitas das histórias de estrada e outras, que compõem a vida de um motociclista. Que o diga o Daniel e a esposa que tinham acabado de chegar de uma viagem pela Europa, fazendo questão de estarem presentes neste convívio.
Entretanto uns entretinham-se a jogar snooker e outros a observar o repositório de uma vida, que é a casa da dona Ermezilda.
Ainda uma curiosidade para o nós por cá. Não é fácil de dar com a placa que identifica o beco da rua 18 de Dezembro. Coisas da nossa terra.
Ia-se compondo a longa mesa que albergava os cerca de 30 convivas, que se preparavam para a grelhada.
Após este divertido jantar, a festa ia continuar bem no centro da aldeia, não sem antes termos ido visitar a bem reconstruída Casa da Lapa, propriedade do nosso anfitrião Paulo. Reza a história que esta casa albergou el-rei D. Dinis, tendo passado de geração em geração.
A noite de bailarico foi abrilhantada pelo duo Caravela Musical e a Infantuna da Cidade de Viseu. Muita animação e brincadeira a marcar esta divertida noite a finalizar da melhor forma este primeiro dia na Lapa dos Dinheiros.
A manhã de Domingo era livre pelo que optámos por ir dar uma volta à serra. Houve quem aproveitasse para o descanso, quem fosse até à praia e outros ficaram pela aldeia a apreciar a movida da festa, na sua vertente mais religiosa.
Seguindo na direcção de Loriga e depois no sentido do alto do alto da serra, encontramos uma visão fabulosa sobre várias aldeias e a perder de vista. Algumas cabras do monte que por ali pastavam, deram-nos as boas-vindas. A Susie estava encantada com a experiência de fundo, a viajar de moto.
Visita à Lagoa Comprida e rumo ao Sabugueiro, para levar alguns produtos regionais. Uma boa passeata, com o calor a apertar mas nada que já se não esteja habituado.
Já agrupados, era tempo de seguir para o almoço na Nª Srª do Desterro no restaurante A Margarida I(N 40º 23.692' W 7º 41.661'). Um repasto à maneira num local típico, com uma envolvência paisagística fantástica, que se recomenda a visita. Aqui podemos encontrar uma praia fluvial banhada pelo rio Alva e várias capelas que dão a este lugar um cariz religioso.
Por fim as sempre difíceis despedidas, depois de um fim-de-semana a fazer lembrar os convívios de outros tempos que por certo será muitas vezes lembrado.
Nós ainda ficámos um pouco mais, saboreando a frescura das sombras antes de nos fazermos à estrada de regresso a casa. O resto da malta foram regressando aos seus destinos, tendo alguns já chegado a boas horas, felizmente com tudo a correr pelo melhor.
Um agradecimento especial ao Paulo Odivelas pelo convite e pela organização exemplar deste excelente fim-de-semana.
Um grande abraço a todos com quem privámos neste convívio. Bem hajam.
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