Depois de um inverno rigoroso, o aparecimento do astro-rei, convida a umas passeatas de moto e foi o que fizemos num Domingo passado, muito solarengo.
Não tinha nada planeado. Questionei a pendura assim que despertámos, para onde iríamos dar uma voltinha de moto, ao que ela prontamente me respondeu:
Não tinha nada planeado. Questionei a pendura assim que despertámos, para onde iríamos dar uma voltinha de moto, ao que ela prontamente me respondeu:
- Já não vamos há algum tempo à Figueira da Foz, que dizes?
-Boa ideia. Vamos lá!
A Figueira da Foz para mim faz-me recuar no tempo sempre que a visito, a Janeiro do ano de 1984, quando iniciei o SMO, na Escola Prática do Serviço de Transportes, hoje ocupada pela GNR. Desse tempo recordo os bons momentos vividos e sobretudo a amizade e camaradagem que se vive, na vida militar.
A manhã já ia longa, pelo que optámos por ir directamente à Figueira, passando pela Mealhada, Cantanhede e Montemor-o-Velho. Teve mesmo de ficar para a próxima, uma visita ao espectacular castelo de Montemor novamente com sol, pois da última vez no passeio do MTC, foi mesmo visitado debaixo de chuva.
Seguimos sempre pela EN 111, que passa por Maiorca. Aproveitámos para fazer uma breve paragem, apreciar os campos de arroz do Baixo Mondego alagados e observar o majestoso voo de uma cegonha, das muitas que avistámos por aquelas paragens.
A fominha apertava e fomos até ao “New Burguer”, em plena marginal, em frente ao extenso areal que caracteriza o bilhete-postal da praia da Figueira da Foz, cidade que é sempre um prazer revisitar. É um restaurante simples mas com pratos bem confeccionados. Escolhemos Polvo à Lagareiro com Migas e Robalete Escalado, acompanhados do Vinho Branco Regional da Bairrada. Uma vez mais fomos bem servidos.
Para esticar as pernas nada melhor do que ir até à beira-mar e observar para além do fabuloso areal, toda a fachada da cidade virada para o Atlântico, que é percorrida pela marginal até Buarcos.
Seguimos até à Serra da Boa Viagem. Do miradouro durante a subida têm-se uma excelente visão para a cidade.
Já em plena Serra da Boa Viagem, no miradouro da Bandeira, podemos observar Quiaios e toda uma vasta e bonita paisagem a perder de vista de pinheirais, até à Serra do Buçaco.
Descemos a serra na direcção das Lagoas de Quiaios, tendo escolhido a Lagoa da Vela, integrada na Mata Nacional de Quiaios e onde encontramos um local de grande beleza, rodeado por campos verdejantes e um espelho de água com cerca de 70 hectares de área.
Cruzámo-nos com alguns companheiros de estrada, que também aproveitavam este dia abençoado pelo Sol.
Continuámos para a Praia de Mira, bem junto ao mar mas por uma estrada que não se recomenda, pois o estado de degradação é considerável, em alguns lanços mas mesmo assim vale pelo passeio bem dentro da Mata Nacional. Breve passagem pela Lagoa de Mira.
O objectivo final desta voltinha era mesmo ir até à Costa Nova, sempre junto à Ria de Aveiro. Havia quem aproveitasse para fazer Kitesurf.
Por fim chegámos à bela Costa Nova depois de ter passado uma longa fila de enlatados, que habitualmente entopem as estradas ao Domingo à beira-mar.
Aqui impunha-se ir até ao Café Atlântida, tomar o café das cinco, acompanhado com saborosas natas acabadinhas de fazer, que não ficam nada a atrás dos Pastéis de Belém, hummmm.
Por fim regresso a casa.
Foi uma voltinha domingueira simples e despretensiosa mas que acabou por se traduzir em cerca de 200 kms bem preenchidos, pelas estradas do nosso belo Portugal.
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