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sábado, 21 de novembro de 2009

Dos arrozais às castanhas, com a benção de São Pedro


O sol quando nasce é para todos mas, será que quando chove também é para todos?  



Como vem sendo habitual o Mototurismo do Centro (MTC) realizou a sua Castanhada no passado sábado dia 21 de Novembro de 2009, este ano com convite alargado aos elementos do fórum viajardemoto.com.


As previsões climáticas não eram as melhores. O tradicional Verão de S. Martinho deu lugar a um dia de Inverno com bastante chuva mas também com muita vontade de passear de moto.
  


O dia começou bem cedo para alguns. Pelos vistos mal dormiram a pensar nas castanhas, na jeropiga e na água-pé. Houve até, quem nem sequer tenha ido à cama só para chegar mais cedo a Coimbra mas, aqui os valores foram outros, não é todos os dias que se baptiza uma nova companheira de viagens. Obrigado pela companhia aos Amigos que vieram de Alcobaça, Leiria e Marinha Grande. Outros porém ficaram até a hora do costume nos seus aposentos.

  

Há hora prevista encontro da Sede do MTC, para adoçar o cafezinho e para apanhar coragem para a aventura mototuristica que se previa, nada melhor que uma Espiga Doce, um doce tradicional de Montemor-o-Velho que está cada vez melhor.



Equipados a rigor e com a certeza que nada iria travar este passeio nem a boa disposição, a primeira paragem foi no Miradouro da Igreja de Reveles já no concelho de Montemor-o-Velho, que se situa a uma altitude de 114 m. Pode-se obter uma distinta panorâmica dos campos do Mondego e de toda a vegetação envolvente. O local é, indubitavelmente, o melhor miradouro do concelho, sendo o único local onde se pode observar, simultaneamente, as 14 freguesias. Num dia limpo pode-se mesmo vislumbrar no horizonte as cidades da Figueira da Foz, Coimbra, e mesmo a Serra do Boa Viagem e a Serra da Lousã. Neste caso não se viu nada, ou melhor quase nada, ao longe a A17, o Rio Mondego, muita chuva, um cigarrito para o vício e… ta a andar de moto pelo Vale à caça do pato para o almoço.


                       
 
Chegados ao Castelo, um dos mais bonitos do país, nem vestígios do pato nem de nada. A casa de chá do castelo estava encerrada para “balanço”. Não se admite que este investimento esteja em quase plena hora de almoço encerrado ainda por cima ao fim-de-semana e com visitantes tão ilustres a apanhar chuva.
  




Nunca vimos a malta tão motivada para andar de moto. Ninguém queria estar parado. O S. Pedro que desde cedo andava com uma birra que ninguém o podia aturar, sim por que ainda não se tinha falado dele mas foi o convidado de honra, ajudava à festa, chuva e da boa, vamos lá fazer-nos à estrada. 

  

Tira capacete, tira luvas, tira fato de chuva, uns mais impermeáveis que outros, e lá se ocupou todo o espaço livre do Restaurante Patinhos reservado aos bravos mototuristas que quer faça chuva ou faça sol o importante é não ter... a… moto… mole! Não é bem assim mas é o mais conveniente ;o)





Que belos carapaus de escabeche, pãozinho quentinho,,, hum!!! Queijinhos frescos, sal e pimenta, broa de milho amarelo, um patê delicioso e umas azeitonas apetitosas… o vinho meus amigos, o vinho até Baco se ajoelhou perante tal néctar!




Mas o melhor ainda estava para vir. Uns lombinhos de Porco Preto com castanhas, que estava maravilhoso, intercalado com um fenomenal Arroz de Pato fez deste almoço um verdadeiro manjar. Para repor os níveis de glicose as sempre bem vindas sobremesas.


  

 Era tempo de abalar mas não de sacudir.




No caminho houve ainda tempo para passar numa adega lá da terra para 5 litrinhos de água-pé e mais 1 litrinho de jeropiga que mais tarde iriam ajudar a devorar as castanhas.

Sempre a bom ritmo, estamos a falar da chuva, o grupo continuou com destino a Coimbra. Oportunidade para ficar a conhecer o que em breve poderá ser um ponto de referência importante no Motociclismo em Coimbra e algumas novidades, que ficam reservadas aos intervenientes, do tipo direito de antena!Chegada ainda a um ritmo ainda mais intenso à sede do MTC, continuamos apenas a falar de chuva!
Carvão a queimar, grelhas a aquecer, eis que, tudo pronto para começar a assar as castanhas previamente cortadas. Sal qb, vira daqui vira dacolá e estão a sair quentes e boas quentinhas a estalarem no bidão. Lá mais para o Norte bidõee…



                  
A Sede do MTC estava toda iluminada, (não havia era noiva), muita gente convidada para o Karaoke e, meus amigos vejam só, o S. Pedro com o seu mau feitio deixou toda a gente às escuras… enfim nem com danças guerreiras a coisa lá foi, nem com súplicas aos deuses mais atrevidos, nem mesmo Baco nos valeu porque a jeropiga foi-se e a água-pé também. Valeu-nos um maravilhoso caldo verde maravilhoso, nunca deixem as nossas cozinheiras de estar presentes, é um pedido!!!  


           
                          
A todos quantos se aventuraram neste passeio certamente ficará a lembrança de que, “a chuva quando nasceu não foi mesmo para todos… só para os mais audazes”!


Texto: Ricardo Brites
Fotos: António Costa e Ana Serralha 

Publicado em 04/11/2010

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