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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Eskimós com muita neve para gente rija


A sétima edição dos Eskimós, ficou marcada pela muita neve que cobriu o Vale do Rossim. Um fim de semana memorável entre amigos e companheiros de estrada, em plena Serra da Estrela.


A Concentração dos Eskimós abriu oficialmente a época mototuristica nacional. Mais uma organização do Moto Clube de Vila do Conde.

Foi sobre um manto de neve que decorreu este ano a Concentração dos Eskimós. Muita neve e um ‘frio de rachar’ foram as condições encontradas por todos aqueles que se deslocaram este fim de semana ao Vale do Rossim, em pleno coração da Serra da Estrela.


O Vale do Rossim está um pouco fora das rotas turísticas mais frequentadas na Serra da Estrela; possui um bom parque de campismo (eco-resort) onde se encontram uns confortáveis Yurt (cabana típica das estepes da Mongolia) muito bem equipados e onde o calor de uma salamandra mantém uma temperatura bem diferente daquela que faz cá fora. E este ano a temperatura chegou a descer aos 10º negativos. Clima para verdadeiros esquimós.


Voltámos a encontrar nesta concentração motociclistas um pouco de todo o país; não foram muitos porque as previsões apontavam para condições climatéricas bastante duras e porque alguém (alheio á organização, obviamente) se lembrou de colocar nas redes sociais a falsa notícia onde se colocava em causa a realização da concentração. Realce para os espanhóis (galegos) que já se tornaram verdadeiros esquimós, em especial um deles que traz sempre a sua ‘gaita-de-foles’; uma vez mais o som melodioso deste instrumento, tocado á beira do calor de uma fogueira, acabou por contribuir muito para um ambiente quase de fantasia; onde quer que se estivesse no meio daquele ambiente de conto de fadas, ouvia-se o som encantador que o galego tirava do fole. Maravilha.


O Moto Clube de Vila do Conde está uma vez mais de parabéns; sob condições em muitos aspectos adversas voltaram a organizar uma verdadeira Concentração Invernal.

Texto: FMP

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Crónica de um fim de semana inesquecível

Têm-me perguntado diversas vezes, o que é que leva uns quantos "loucos" a ir até à Serra da Estrela, nesta altura do ano, de moto e acampar, por vezes em condições climatéricas extremas, como foi o caso desta vez. Simples. É como tentar explicar porque razão ando de moto, não é fácil de explicar e por vezes nem se consegue arranjar explicação.

E depois o calor humano, a camaradagem e os bons momentos que se vivem, acabam por superar qualquer dificuldade, isto são os Eskimós.

O que se viveu nestes dias do encontro, é difícil explicar mas duma coisa estou certo que jamais esquecerão, as cerca de três centenas de motociclistas que participaram neste convívio.

Passando então ao relato dos acontecimentos, uma vez mais lá fui sem a pendura que se nega apanhar mais frio depois do "trauma" dos -9º de há dois anos. Este ano até esteve melhor, -10º, novo recorde.

Conforme o combinado, no Sábado pela manhã, fui-me encontrar com os amigos Rui e Armando, do Mototurismo do Centro, para mais uma ida em boa companhia aos Eskimós.


Bem preparados para a chuva que acabou por não aparecer, lá seguimos na direcção do Sabugueiro, para levar mais uns petiscos.

Pelo caminho o cenário não podia ser melhor.  A muita neve que tinha caído há algumas horas trás, proporcionou fantásticas paisagens, dignas dos mais bonitos postais de Natal.




Chegados ao local da concentração, o Parque de Campismo no Vale do Rossim, estava um encanto. Foi muito bom, ver todo aquele bonito espaço coberto de neve.





A azáfama era grande para melhorar os acessos.


Inscrições feitas, dois dedos de conversa e estávamos a ver onde montar as "barracas". Tudo à volta tinha uma visão idílica e deslumbrante.






Entretanto trabalhava-se arduamente nas fogueiras. Que o diga o companheiro de Anadia com o seu mini-serrote. Deu-lhe a volta, ao tronco e à fogueira.


"Hoteis" montados e era hora do almoço. Excelentes refeições servidas, pelas também excelentes cozinheiras do Moto Clube de Vila do Conde.





Como habitualmente acontece após o almoço, pegamos nas motos e fazemos o "tour" pela serra. As notícias davam conta que os acessos à Torre estavam cortados. Optámos e bem por dar uma volta a pé pelas redondezas.

Antes fomos visitar o "Bosque d' Os Eskimós" que em breve irá contar novamente com mais umas quantas árvores plantadas, à semelhança do que aconteceu no ano passado.


Este convívio começa a ser conhecido cada vez mais além-fronteiras. Este ano para além dos muitos vizinhos espanhóis que estiveram presentes, também ingleses e um suiço, participaram no encontro. Prometeram voltar e trazer amigos, impressionados com o bom ambiente e a forma como é realizada a concentração.


Uma volta pela lagoa e seguimos até à nascente do Mondego, ali próximo. Que paisagens.

Entretanto ia chegando cada vez mais gente e de bem longe.








Provámos as águas do Mondego e o Zimbro, antes do regresso. Uma boa receita para combater o frio.




De volta à base, encontrei-me com amigos, com quem nem sempre é possível estar mais vezes mas que nos Eskimós é ponto assente que nos encontramos. Assim aconteceu novamente.


Encontrámos o Roberto que veio uma vez mais de propósito das Astúrias, para participar nos Eskimós.

Presenteou-nos com os belos sons da sua Gaita de Foles. Quem não se lembra da primeira edição, no Covão d'Ametade e das músicas que tocou já pela madrugada adentro. Inesquecível.




Fomos dar uma volta pelas fogueiras para ver o ambiente que se compunha. Fogueiras à maneira e saborosos petiscos lá de casa, aconchegavam as barrigas. O tema de conversa era inevitavelmente sobre todo o cenário que se estava a viver e apreciar, bem como o dia anterior sexta-feira que foi mesmo para duros.









Desde a chuva forte à neve que acabou por aparecer em grande abundância, muitas foram as histórias que fomos ouvindo. Não foi  fácil chegar ao local da concentração.

As salamandras foram as grandes amigas para aquecer o corpo e secar equipamentos, antes de montar as tendas com grande dificuldade.

Nesta foto do Edgar, vê-se claramente como foi difícil este primeiro dia que vai ficar na memória. Foram verdadeiros esquimós.


As boas estruturas do parque e aquecidas, foram uma boa alternativa para uma boa cavaqueira.



Houve alguns aniversários bem animados. Foi bom também ver gente muito jovem que por certo irão continuar a participar neste e noutros convívios, dando continuidade ao que de bom se faz por cá.



Após o jantar o ambiente dentro e fora dos espaços cobertos, esteve sempre animado, como é habitual.

Não há frio que arrefeça o espírito dos Eskimós.





Pela noite dentro, fez-se a entrega dos prémios de presença aos cinquenta e alguns clubes presentes.






A noite clareou dando lugar a um fantástico luar que iluminou o manto branco. Um cenário fabuloso.



Já eram boas horas quando regressei ao "quentinho" da caminha que me aguardava. Era tempo de hibernar até algum tempo depois.

O raiar do dia com sol, antevia um dia diferente, ainda mais encantador.



Fui dar uma volta pelo recinto para ver como a malta tinha passado a noite. Alguns já estavam de volta das fogueiras, sinal de que as temperaturas tinham baixado e muito. Terão rondado os ditos -10º.

Passei pela montada que estava como as outras, coberta de geada e o termómetro ainda marcava -4º, às 08h00 da manhã.





Para a malta de mais longe ou porque tinham de regressar mais cedo a casa, era tempo de "embalar a trouxa e zarpar".

Inglaterra fica longe. Quatro dias era o previsto para o regresso, calmamente, gozando uma viagem por certo bem interessante, por quem faz da moto, uma forma de estar na vida.





Como tínhamos muito tempo, fomos apreciar de novo a lagoa, agora com um sol radioso a proporcionar bonitas fotos e paisagens.





Ainda antes do almoço cruzámos com a malta dos Cruzadores. Um grupo de motociclistas, dos quais alguns pertenceram e ainda pertencem, ao Carrossel Moto da GNR que tem participado nas comemorações do Dia Nacional do Motociclista.


O timoneiro de mais uma grande edição dos Eskimós, o Tó, Presidente do M.C.de Vila do Conde, tinha razões para estar satisfeito. Apesar de alguns contratempos quer com o tempo, quer com quem por sinal queria prejudicar o encontro, tudo acabou por correr na perfeição, tendo até subido o nº de participantes.


Para ele e toda a equipa que levou a bom porto este excelente convívio, os meus sinceros parabéns.


Uma palavra ainda de apreço, ao trabalho desenvolvido na questão da segurança, pelas entidades envolvidas.
Desde a segurança das pessoas às condições de acesso ao recinto da concentração, é de extrema importância uma boa articulação entre todos.
No local esteve uma equipa de resgate dos Bombeiros Voluntários de Seia.

Oxalá nos próximos anos, se continuem a conjugar as condições climatéricas que estiveram este ano, para que se possa sempre voltar ao Vale do Rossim, com muita neve.

Até pró ano. Viva os Eskimós 2015.

Álbum de fotos

Crónica do Roberto Naveiras

Crónica do Edgar-Vadio da XT


5 comentários:

  1. Espectacular
    (as fotos são autênticos postais... e as palavras escolhidas transporta-nos para os Eskimós)

    Muito Obrigada pela partilha :)
    e também um grande Obrigada à Equipa do Tó Padeiro, pois sem o trabalho, dedicação e empenho dessa Equipa, nada seria possível ;)

    ABR
    Edgar

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    Respostas
    1. Obrigado Edgar

      Foi sem dúvida um grande convívio, proporcionado pela malta de Vila do Conde.

      Abraço
      ACosta

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  2. Fantastica a cronica e as fotos.
    Gostei tambem , da forma com como descreves o que nos leva la e o que nos faz andar de mota, o que nos faz ser motociclistas, ate porque nem todos os que andam ou tem mota o sao.
    Obrigado por divulgares e partilhares este evento fantastico, obrigado á organizaçao e as pessoas que dela fazem parte, aos companheiros que por la passaram em especial a quem e esteve á volta da fantastica fogueira do Clube XT Portugal.

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    Respostas
    1. Obrigado João

      É um prazer partilhar os bons momentos que vivemos neste mundo das motos.

      Abraço

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  3. Mais um excelente fim de semana passado, entre bons amigos.

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