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sábado, 31 de agosto de 2013

À descoberta da Charente-Maritime e Cognac-França 2013-3


Nesta última parte da nossa viagem pela Charente-Maritime, fomos até às Ilhas de Oléron e Aix. Por lá encontrámos muito do legado histórico ligado à defesa desta zona costeira e também outros encantos que fazem delas, excelentes locais de visita de moto e a pé.


Para este sétimo dia da nossa viagem, escolhemos a Ilha de Oléron. Esta ilha é conhecida sobretudo pelos seus inúmeros viveiros de ostras e mexilhões, actividade de muita importância para a região.

A caminho, passámos por Brouage, um porto de sal do século XVII e uma fortaleza real mas o mar recuou, deixando para trás uma calma e bonita aldeia.



Depois de uma longa ponte, estávamos na ilha.



Passámos pelo velho porto de Chateau d'Oléron. Continuámos pelo meio dos muitos viveiros de ostras que caracterizam a ilha, com as suas típicas casas coloridas.



Na ilha encontram-se boas praias. Visitámos uma delas, com vista para o famoso Fort Boyard que iríamos apreciar mais de perto, noutro dia.



Fomos deambulando e apreciando a ilha e a sua baía, onde se juntam águas doces e salgadas de três estuátrios, La Gironde, La Seudre e La Charente, até chegarmos a um local temático, Port des Salines.

Um lugar muito agradável e simpático, para uma visita calma e contemplativa, onde podemos encontrar, bem explicado o ciclo das águas que levam à produção natural do sal.










O dia seguinte foi passado a passear a pé, pela bonita zona da nossa estadia. Desde as terras férteis, às muitas zonas de pesca e viveiros de ostras, com visita à vila de Port-des-Barques. Foi um dia bem passado a esticar as pernas.








Neste dia 25 de Agosto, celebrámos mais um ano de casório.

Reservámos no dia anterior a viagem de barco, única forma de chegar à ilha de Aix, para visitar esta pequena mas muito interessante ilha.

O dia começou com muita chuva. A viagem foi um pouco movimentada mas muito divertida.



Esta ilha onde apenas se pode andar a pé ou de bicicleta, tem cerca de 3km de comprimento, por 700m de largura.

Um espaço de grande beleza natural,  excelente para relaxar e onde o tempo passa muito devagar.

O bom tempo voltou, logo no início do passeio pedestre que nos levou a fazer todo o perímetro da ilha e também pelo interior, composto por belas praias, escarpas, fortes de defesa militar e muita história.










Uma das características da ilha, são as diversas baterias de defesa que foram estrategicamente colocadas, para defesa da cidade de Rochefort, no início do século XIX, depois da visita de Napoleão.

Sete anos mais tarde, em 1815,  havia de voltar mas para ficar apenas quatro dias, ainda em território francês, antes de seguir para o exílio.

Numa delas encontra-se descrita através de fotos e áudio, os factos da história deste local que também passaram pela primeira e segunda guerras mundiais.





Continuámos até entrar novamente na cidadela fortificada, pela praia, a observar antigos viveiros de ostras.

Dois edifícios emblemáticos da história da ilha. A casa do governador, onde Napoelão se hospedou antes da partida, agora casa-museu a ele consagrada e a igreja que encerra um passado ligado à deportação de padres que se confunde com a riqueza histórica da ilha.











Finalmente chegámos ao burgo, com as suas simpáticas e típicas casas.


Eram horas do regresso e da aguardada passagem em volta do célebre Fort Boyard. Uma grande obra de engenharia que levou 200 anos a fazer, com vista à protecção da entrada do rio Charante e que acabou por não servir para nada.

Já passou por vários proprietários que ainda não lhe deram utilização duradoura. Vai servindo para algumas iniciativas, como a dum canal de televisão, para transmissões de espectáculos, tendo como cenário a enorme estrutura que se encontra no meio do mar de pedra e cal, mesmo a suportar com ondas de sete metros e feita no meio de um banco de areia.








Ao fim da tarde estávamos novamente no continente, depois deste excelente e memorável dia.

Chega sempre a difícil hora do regresso mas lá teve de ser.

Destino Royan para apanhar o ferry. Pareceu-nos uma cidade interessante para uma próxima visita.



Uma nota pitoresca durante a travessia. Um casal de cinquentões com as suas Harleys e o seu cão, devidamente equipado.


Já em terra firme, seguimos em direcção a Arcachon, para uma passagem breve. É uma bonita cidade com a sua longa baía onde em 2002, passámos conjuntamente com um casal amigo que também nos acompanhou de moto, umas excelentes férias nesta região, bem próximo de Bordeaux. Arcachon-França - 2002




Chegados à capital do surf em França a Biarritz para acampar, depará-mo-nos com o que já sabíamos. Não havia parques disponíveis.

Continuámos um pouco mais e lá encontrámos um que embora mais simples, acabou por ser uma agradável surpresa e a dois passos do mar.

Depois de instalados, também por lá jantámos no bar que tem vários negócios de família e ao som da música antiga francesa do tempo de Brel e Piaff.

Marinada de Mexilhões e o típico Gateau Basque de sobremesa, foi a nossa última refeição por agora, em terras gaulesas. Memorável despedida.









O último dia foi para palmilhar os muitos quilómetros que nos separam da França mas sempre deu para apreciar a bonita passagem pelos Pirenéus bascos, antes da travessia do "deserto" espanhol.

A entrada em Portugal foi igual à saída. Café saudoso no bar da estação da CP.


Quando visitamos as regiões que escolhemos, não temos a pretensão de visitar e conhecer tudo, até para ter mos motivos para voltar mas procuramos ter uma visão, o mais alargada possível, dos principais locais a visitar.

Foi o que fizemos uma vez mais, em mais uma excelente viagem pelas estradas do velho continente.

Álbum de fotos

À descoberta da Charente-Maritime e Cognac-França 2013-1

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