Nesta última parte da nossa viagem pela Charente-Maritime, fomos até às Ilhas de Oléron e Aix. Por lá encontrámos muito do legado histórico ligado à defesa desta zona costeira e também outros encantos que fazem delas, excelentes locais de visita de moto e a pé.
Para este sétimo dia da nossa viagem, escolhemos a Ilha de Oléron. Esta ilha é conhecida sobretudo pelos seus inúmeros viveiros de ostras e mexilhões, actividade de muita importância para a região.
A caminho, passámos por Brouage, um porto de sal do século XVII e uma fortaleza real mas o mar recuou, deixando para trás uma calma e bonita aldeia.
Um lugar muito agradável e simpático, para uma visita calma e contemplativa, onde podemos encontrar, bem explicado o ciclo das águas que levam à produção natural do sal.
Reservámos no dia anterior a viagem de barco, única forma de chegar à ilha de Aix, para visitar esta pequena mas muito interessante ilha.
O dia começou com muita chuva. A viagem foi um pouco movimentada mas muito divertida.
Um espaço de grande beleza natural, excelente para relaxar e onde o tempo passa muito devagar.
O bom tempo voltou, logo no início do passeio pedestre que nos levou a fazer todo o perímetro da ilha e também pelo interior, composto por belas praias, escarpas, fortes de defesa militar e muita história.
Sete anos mais tarde, em 1815, havia de voltar mas para ficar apenas quatro dias, ainda em território francês, antes de seguir para o exílio.
Numa delas encontra-se descrita através de fotos e áudio, os factos da história deste local que também passaram pela primeira e segunda guerras mundiais.
Dois edifícios emblemáticos da história da ilha. A casa do governador, onde Napoelão se hospedou antes da partida, agora casa-museu a ele consagrada e a igreja que encerra um passado ligado à deportação de padres que se confunde com a riqueza histórica da ilha.
Eram horas do regresso e da aguardada passagem em volta do célebre Fort Boyard. Uma grande obra de engenharia que levou 200 anos a fazer, com vista à protecção da entrada do rio Charante e que acabou por não servir para nada.
Já passou por vários proprietários que ainda não lhe deram utilização duradoura. Vai servindo para algumas iniciativas, como a dum canal de televisão, para transmissões de espectáculos, tendo como cenário a enorme estrutura que se encontra no meio do mar de pedra e cal, mesmo a suportar com ondas de sete metros e feita no meio de um banco de areia.
Chega sempre a difícil hora do regresso mas lá teve de ser.
Destino Royan para apanhar o ferry. Pareceu-nos uma cidade interessante para uma próxima visita.
Já em terra firme, seguimos em direcção a Arcachon, para uma passagem breve. É uma bonita cidade com a sua longa baía onde em 2002, passámos conjuntamente com um casal amigo que também nos acompanhou de moto, umas excelentes férias nesta região, bem próximo de Bordeaux. Arcachon-França - 2002
Continuámos um pouco mais e lá encontrámos um que embora mais simples, acabou por ser uma agradável surpresa e a dois passos do mar.
Depois de instalados, também por lá jantámos no bar que tem vários negócios de família e ao som da música antiga francesa do tempo de Brel e Piaff.
Marinada de Mexilhões e o típico Gateau Basque de sobremesa, foi a nossa última refeição por agora, em terras gaulesas. Memorável despedida.
A entrada em Portugal foi igual à saída. Café saudoso no bar da estação da CP.
Quando visitamos as regiões que escolhemos, não temos a pretensão de visitar e conhecer tudo, até para ter mos motivos para voltar mas procuramos ter uma visão, o mais alargada possível, dos principais locais a visitar.
Foi o que fizemos uma vez mais, em mais uma excelente viagem pelas estradas do velho continente.
Álbum de fotos
À descoberta da Charente-Maritime e Cognac-França 2013-1
Sem comentários:
Enviar um comentário