A serras da Freita, Arada e Arestal, fazem parte do maciço da Gralheira e já por nós percorridas algumas vezes. Sempre que nos perdemos por lá, encontramos algo de novo que nos faz voltar novamente.
Bafejados pela sorte no Euromilhões, fomos logo festejar, num dia radioso de sol com excelente temperatura, a convidar a uma voltinha de moto.
No Domingo passado, fizemo-nos à estrada para mais uma passeata, de volta ao maciço da Gralheira que muito prazer nos dá revisitá-lo.
Por volta das 10h30 estávamos a caminho das Talhadas do Vouga, para o cafezinho habitual.
Daqui seguimos na direcção de Benfeitas e Quetriz pela N333, por percurso pitoresco, junto à A25.
Interessante passagem por Sejães e Videira, a marcar o início do passeio pela ruralidade. Por entre carvalhos, pequenas cascatas de água e paisagens tipicamente invernais, seguimos ao encontro do rio Vouga.
Em Casal de Sejães atravessámos o Vouga que passava calmamente.
Valadares, Sernandinha e Sequeiros, foram as aldeias seguintes. Não resistimos a registar a tipicidade das aldeias e as bonitas paisagens que fomos encontrando.
Em Manhouce, paragem mais demorada para observar o ponto de passagem da via romana entre o Porto e Viseu, à saída desta bonita aldeia.
Desse legado histórico, encontra-se a ponte sobre a Ribeira de Manhouce que alimenta o rio Teixeira. Um local que merece uma visita mais demorada e que por lá nos iremos no futuro perder mas a pé, percorrendo o percurso pedestre assinalado.
Paisagens verdejantes com muita água nas ribeiras e largas vistas nos pontos mais altos, continuaram a acompanhar-nos.
Desta vez não fomos visitar as
Pedras Parideiras, um fenómeno geológico que fica na aldeia da Castanheira, agora com espaço de interpretação.
À entrada da Mizarela, apreciámos o rio Caima a caminho da cascata mais famosa da serra da Freita, a Frecha da Mizarela.
Chegados à Mizarela, à hora prevista para o almoço, fomos até ao restaurante "Ponto Alto". Um espaço simples e acolhedor, com interessante vista panorâmica que nos serviu uma saborosa "Vitela assada no Forno". A rematar como sobremesas, "Rabanada" e "Queijo com Mel". Tudo muito bem confeccionado e a bom preço.
E fomos observar a Frecha da Mizarela, uma imponente queda de água com mais de 60 metros de altura, a partir do miradouro.
Já por cá andámos a fazer um bonito e técnico percurso pedestre, o
PR7, onde a pudemos observar, a partir da base.
Devido ainda ser cedo, optámos por alargar o percurso. Seguimos em direcção à serra da Arada.
Percorremos o bonito planalto, ora pela parte mais alta, ora pelas aldeias. Albergaria da Serra, Cabreiros Candal ou Coelheira, foram algumas das aldeias atravessadas, com as suas típicas casas e onde a lousa ou o xisto, mantêm a traça original.
Com São Macário à vista, continuámos pela M567 pelo planalto, em plena Serra de Arada.
Este troço da estrada, assemelha-se um pouco às estradas dos Pirinéus ou dos Alpes, com fortes inclinações e interessantes "cotovelos". A vista panorâmica sobre aldeias como a Pena, lá bem no fundo ou Covas do Monte, impressiona.
Esta segunda parte do passeio não foi planeada, pelo que nos deixámos levar pelo conhecimento da região e do Sol.
Como era de se esperar, fomos passar por algumas localidades que nos surpreenderam e também nos obrigaram a voltar para trás, como foi o caso de Regoufe.
Chegámos a Telha, uma aldeia ainda bem caracterizada. Passagem interessante pelo interior da aldeia, onde até cruzar com uma moto, não é fácil.
Um pouco mais à frente apreciámos o rio Paivô em Ponte de Telhe.
Aqui assistimos a uma situação curiosa. Gente que se entretinha a jogar ao Pião. Fez-nos logo lembrar tempos idos, quando não havia as opções de entretenimento que existem actualmente.
À porta do café motorizadas Famel e Macal que aqui por Águeda foram produzidas.
A última paragem de regresso a casa foi em Arouca. O centro da vila estava animada com a passagem do desfile de Pais Natal de moto que registámos para mais tarde recordar.
O regresso foi por Vale de Cambra e Sever do Vouga. Ainda apreciámos os últimos momentos deste dia ao "lusco-fusco", depois de passar Talhadas do Vouga, novamente, já perto de casa.
Encerrámos assim, da melhor maneira, a época mototurística de 2012.
Para 2013, desejamos a todos bons passeios e aproveitem a vida, dentro do possível. Boas curvas.
Percurso efectuado:
O 12º e 13º prémio do Euromilhões, no valor total de 12,19€, acabaram por dar uma ajudinha.
Um dia destes ainda havemos de acertar no raio do prémio principal.
Álbum de fotos
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