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domingo, 25 de novembro de 2012

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-4

Da Covilhã até Sabrosa, vamos desvendar como foi esta quarta etapa da nossa viagem pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés, entre o xisto e o granito, apreciando a tipicidade das aldeias beirãs e o Douro Vinhateiro.  


Depois das planícies alentejanas e os pinheirais da beira Baixa, o percurso segue agora pelas aldeias serranas bem junto à Serra da Estrela, contornando-a. As minas da Panasqueira ou a célebre passagem por Alvôco da Serra e a travessia do Douro em Pinhão, são bons exemplos deste magnífico trajecto mototurístico, com cerca de duas centenas e meia de quilómetros.

O dia amanheceu radioso, com excelente temperatura, para mais uma etapa pelos cantos e recantos deste nosso cantinho à beira mar plantado.

Com a simpática autorização dos agentes da PSP, iniciámos esta etapa, a partir do local de onde saíram os participantes do Lés-a-Lés, em frente à Câmara Municipal da Covilhã, a caminho do Couto Mineiro da Panasqueira.

Despedi-mo-nos desta bonita cidade que uma vez mais nos recebeu, com a simpatia que caracteriza os covilhenses.



Seguimos na direcção de Tortosendo, pela N230, passando por Paul, conhecido pelas suas varandas típicas em madeira embora por curiosidade não se vejam, Ourondo, Silvares, ao longo da Ribeira do Paul. Um início calmo, observando as bonitas paisagens que a região oferece.


Atravessámos o Zêzere e observámos as casas de xisto e as aldeias típicas desta região.




Estávamos em plena zona mineira. A passagem pela Aldeia de São Francisco de Assis para a cafezada matinal e a Barroca Grande, fizeram-nos sentir a força mineira. A impressionante encosta de sarrisca, fez-nos parecer pequeninos perante tamanha imensidão, do que resta da actividade da extracção do minério.





As Minas da Panasqueira com os seus 12.000 km de túneis, são consideradas possivelmente, como as maiores subterrâneas do Mundo e já empregaram, noutros tempos, cerca de 11.000 pessoas.

Entrámos até onde foi possível observar um pouco da actividade da mina.





A passagem pela bonita aldeia de São Jorge da Beira, ficou para a história. Bem dizia o road-book para seguir pelo asfalto, por trajecto estreito sempre a subir e muito interessante até ao largo da capela mas lá tivemos de dar mais uma volta e voltar à rota certa. Até soube bem e a malta da terra achou graça, enfim...

Esta aldeia em plena Serra do Açôr, perto de Piodão, recebeu a malta do Lés-a-Lés para o pequeno almoço, num espaço bem lá no alto de onde se tem uma vista magnífica sobre a aldeia e o vale.






Quilómetro a zero e estávamos de novo na estrada e que estrada. Boas curvas em excelente piso, a convidar a arredondar os pneus.


Apreciámos a bonita aldeia de Sobral de São Miguel que tem fama de ser o berço dos construtores de casas de xisto.


Antes da entrada no Parque Natural da Serra da Estrela, o percurso deslumbrou, bem lá no alto, pela vista de rara beleza. Já lá tínhamos passado "enlatados" a caminho de Alvôco da Serra em Junho mas em nada se assemelha a percorrê-lo de moto. De facto o que se sente, é que de moto fazemos parte da paisagem.




Já em pleno Parque Natural, aproximava-mo-nos de Alcôvo da Serra, aldeia que já foi concelho, pertenceu ao de Loriga e agora ao de Seia.

Simpática e bonita aldeia, plenamente integrada na paisagem natural que tão bem caracteriza a serra mais alta de Portugal continental, só superada pela Montanha da Ilha do Pico, nos Açores. A traça antiga de algumas das suas casas destacam-se entre a modernidade.




Por aqui estivemos, na passagem do Lés-a-Lés, onde juntamente com um casal amigo, controlámos a longa caravana de participantes no passeio, na típica ponte romana medieval, à entrada da aldeia. Também contámos com a companhia de outros amigos que vieram para dar apoio, naquela que seria a calçada mais famosa desta edição.

Aproveitámos para uma pausa e apreciar umas das aldeias mais bonitas da Serra da Estrela.


O road-book avisava: "As malas estão bem firmes? Não tens nada de partir lá dentro?" e animava: "Vais ter saudades dos caminhos de terra."

A calçada romana por onde seguia o percurso, bem no coração da aldeia, requer alguma atenção na sua passagem de moto mas nada que não se faça e é bem divertido percorrê-la. Já fazê-la a pé, é que por sinal foi um pouco mais difícil...





No fim da calçada tem-se uma vista excepcional sobre a aldeia e a serra.


Este bonito percurso continuou por Seia, terra onde outrora Viriato defendeu os Montes Hermínios contra os romanos, sendo agora mais conhecida pelo famoso Queijo da Serra e a Volta a Portugal em Bicicleta. O curioso é que por um triz não nos cruzávamos com a prova, mesmo de propósito...

Continuámos por Santa Marinha e  Pinhanços, deixando para trás o Parque Natural.


Era hora do almoço e fomos à procura de um restaurante que já conhecíamos, dum passeio de moto que fizemos há uns anos com a malta do GiCA, pelas nacionais de Águeda a Vilar Formoso. Foi uma barrigada de curvas e contra-curvas, relembrando como era fazer aquele trajecto noutros tempos, antes de haver o IP5, mais tarde transformado em A25.

O "Flor do Rio", situado em Ponte de Juncais, bem junto ao rio Mondego, foi o local escolhido para um "aviado" almoço, pois Sabrosa ainda estava longe.



Estávamos na Beira Alta. Em Macieira observámos uma curiosidade, um pombal circular em granito.


Entrámos nas Terras do Demo, muito bem retratadas por Aquilino Ribeiro na sua obra literária. Aguiar da Beira, vila por agora visitada, pelo centro histórico, é como Moimenta da Beira e Sernancelhe, concelhos excelentes para se passear de moto.

A monumentalidade desperta a atenção do mototurista, como sejam a Torre e a Fonte de Mergulho.



Observámos a albufeira da barragem de Vilar. Em Rua, o Pelourinho de tipo tabuleiro, despertou a atenção, depois do solar dos Noronhas que se encontra em recuperação.

A paisagem continuava deslumbrante, embora já sem o Sol que nos tinha acompanhado até ali.





A caminho de Tabuaço, em pleno vale do Távora, por entre escarpas e penhascos, começámos a sentir a força da natureza e a compreender a dificuldade na plantação dos muitos olivais que proliferam nesta região.

Chegados a S.Pedro das Águias foi tempo de mais uma pausa, junto ao Templo Beneditino de S. Pedro das Águias. Templo curioso por ter sido construído com a entrada principal quase em cima da escarpa. Bem tentámos compreender a razão mas também não fomos nós que desvendámos o mistério. O local é de uma paz de espírito inspirador e recolhedor.





~

Quilómetro a zero e seguimos por soberba estrada de Tabuaço até à região do Alto Douro Vinhateiro.

Ainda vimos quem gosta mais de trepar as escarpas do que meramente observá-las. Gente corajosa.




Já bem junto ao Douro, fomos apreciando a albufeira causada pela barragem da Régua, uma das cinco no curso nacional do rio.

Chegados a Pinhão, fizemos a travessia pela centenária ponte de ferro que liga as duas margens.






O calor em Pinhão por estes dias do ano, faz parecer que estamos dentro dum forno mas desta vez estava agradável. Cada vez mais as nuvens anunciavam chuva, o que acabou por acontecer mais adiante.

A descida à marginal foi um tanto ou quanto "rocambolesca" mas muito interessante, sobretudo a paragem que fizemos para observar, agora junto ao rio, a fantástica paisagem ribeirinha e vinhateira mas também a movida dos barcos, num rodopio de leva e trás turistas que a montante e a jusante, percorrem excelentes trajectos turísticos no rio  Douro.






O final da etapa já estava perto. Depois de deixar Pinhão, subimos por um fabuloso trajecto que nos levou pelos vinhedos de Sabrosa, por entre muros de xisto e boas curvas.





Quando saímos de casa as previsões não eram de chuva, pelo que não levámos equipamento de protecção. Como aconteceu na edição do Lés-a-Lés, a chuva brindou-nos com a sua aparição.

A passagem por Provesende, aldeia que tem nada mais nada menos do que 11 solares e casas brasonadas, acabou por ser um pouco rápida, contrariamente ao que queríamos fazer. Vamos ter de lá voltar novamente e apreciar esta aldeia "sui generis".






A chuva miudinha que apareceu teimosa e chata, fez com que na chegada a Sabrosa, já dentro da vila, arrepiássemos caminho, deixando um bonito quelho para o dia seguinte. Desta vez com Sol.

Uma boa jantarada com a saborosa e característica "Posta Maronesa", no restaurante tradicional Solar1, da qual não há imagens, por esquecimento das máquinas fotográficas, encerrou da melhor maneira esta etapa. Pelo esquecimento, ficou a promessa de lá voltarmos um dia destes. Ai estes turistas...

O dia seguinte foi até Boticas.

Álbum de fotos

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-1

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-2

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-3

Pelos caminhos do 14º Portugal de Lés-a-Lés-5

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