Pela terceira vez a cidade de Lamego e de Nossa Senhora dos Remédios recebeu as celebrações do Dia Nacional do Motociclista. E esta foi certamente a vez em que estiveram mais motociclistas em Lamego.
Não estaremos a exagerar se dissermos que vindos de todo o país marcaram presença em Lamego mais de vinte mil motociclistas. Também dificilmente encontraremos uma população local que receba esta festa do modo como recebem as gentes de Lamego. Aqui conjugam-se factores muito favoráveis à realização destas cerimónias, a começar pela excelência do local passando pelo total apoio das entidades oficiais e autoridades locais que, cientes do quanto representa o evento em termos de promoção turística para a região, estariam dispostos a ter na sua terra o Dia do Motociclista todos os anos. Mas, de acordo com o princípio da Federação (responsável pela organização) estas cerimónias devem acontecer em locais diferentes de ano para ano; se voltaram a Lamego passados apenas dois anos, foi por motivos de força maior, porque não era o previsto acontecer.
Não estaremos a exagerar se dissermos que vindos de todo o país marcaram presença em Lamego mais de vinte mil motociclistas. Também dificilmente encontraremos uma população local que receba esta festa do modo como recebem as gentes de Lamego. Aqui conjugam-se factores muito favoráveis à realização destas cerimónias, a começar pela excelência do local passando pelo total apoio das entidades oficiais e autoridades locais que, cientes do quanto representa o evento em termos de promoção turística para a região, estariam dispostos a ter na sua terra o Dia do Motociclista todos os anos. Mas, de acordo com o princípio da Federação (responsável pela organização) estas cerimónias devem acontecer em locais diferentes de ano para ano; se voltaram a Lamego passados apenas dois anos, foi por motivos de força maior, porque não era o previsto acontecer.
Assim, este ano a secção de Motociclismo do Clube Automóvel de Lamego, renovado em termos de corpos sociais, teve uma verdadeira "prova de fogo" ao ser confrontada a muito pouco tempo da data com a hipótese de voltar a envolver-se na realização destas cerimónias. Valeu ao clube a experiência acumulada das duas anteriores edições e, sobretudo, o excelente relacionamento que mantém com todas as entidades da sua terra (desde a Câmara, à Diocese) o que lhe permitiu assumir pela terceira vez a sua realização.
Com uns dias em que o S.Pedro nos presenteou com sol, houve muitos grupos de motociclistas que aproveitaram a oportunidade para visitarem a bela região, assim, no sábado já as estradas e estradinhas, sobretudo aquelas que serpenteiam à beira do Douro, foram percorridas por muitas motos. Pernoitar na zona não foi fácil para quem não tratou atempadamente disso.
No Domingo muitos motociclistas optaram por piquenicar no grande recinto das celebrações tendo-se acendido alguns fogareiros e pairado no ar o bom cheiro a febras e a chouriço assado. Cenário bem típico de qualquer romaria como é já esta do Dia Nacional do Motociclista.
As celebrações começaram à hora prevista com a procissão dos andores de S.Rafael (Padroeiro dos Motociclistas) e de Nossa Senhora dos Remédios; procissão que contou uma vez mais com a presença da Charanga a Cavalo da GNR, o que dá sempre uma outra solenidade às cerimónias, para além dos Bombeiros de Lamego, de motociclistas da PSP e dos Escuteiros. Como sempre acontece, juntaram-se à procissão muitos estandartes e bandeiras de clubes de motociclistas vindos de todo o país.
O Padre Zé Fernando reuniu forças e veio propositadamente dos Estados Unidos para estar presente este ano no Dia do Motociclista e foi precisamente com as suas cantigas que se deram início às cerimónias.
Ele é para todos nós o grande exemplo de força e vontade de viver. Continua a fazer tratamentos de quimioterapia, o que aconteceu logo após as cerimónias com mais uma dose de comprimidos que ele ministra a si próprio, mediante rigoroso plano de combate à doença que lhe é dado pelos melhores médicos americanos da especialidade. Neste momento já está de novo em Los Angeles mas, apesar da distância, vai mantendo contacto regular com muitos e muitos amigos motociclistas portugueses. Este ano, pela primeira vez, o Padre Zé Fernando fez questão, na bênção das motos e capacetes, de dar uma volta à pendura da sua própria moto por todo o recinto para assim melhor fazê-la chegar a todos.
A cerimónia religiosa voltou a ser presidida pelo Bispo de Lamego, D. Jacinto Botelho, que teve o condão de proferir uma fabulosa homilia muito inspirada no mundo das motos e dos motociclistas demonstrando o quanto está identificado connosco. D. Jacinto Botelho honrou-nos assim uma vez mais com a sua presença.
Voltaram a viver-se momentos de grande emoção quando, com o toque do "silêncio" dado pelos cavaleiros da Charanga da GNR, chegou o momento de homenagear todos os motociclistas que infelizmente já não nos acompanham. Algumas emoções mais fortes fizeram mesmo aparecer em muitos rostos algumas lágrimas que espelharam o significado deste dia para muitos dos motociclistas presentes.
Antes de encerrarem as cerimónias houve ainda lugar a alguns pequenos discursos por parte do Vice-Presidente da FNM, José Artur e do Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes. O Padre Zé Fernando deu as cerimónias por encerradas com o regresso dos andores de Nossa Senhora dos Remédios e de São Rafael à Sé de Lamego.
Assim se viveu mais um Dia Nacional do Motociclista, num grande ambiente de solidariedade e fraternidade motociclista, desta vez centralizadoà volta do Padre Zé Fernando dada a saudade que muitos sentiam da sua presença. Depois de estar ausente em 2005 e 2006 ele voltou a estar nas cerimónias do Dia do motociclista. Este foi sem dúvida um bom sinal. De esperança.
Texto: Motojornal
Publicado em 17/11/2010
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